“Os primórdios do bairro Luxemburgo remontam à visita do sr. Albert Scharlé ao Brasil, a convite do grão-duque de Luxemburgo, para dirigir a Siderúrgica Belgo Mineira. Scharlé encantou-se com as paisagens belorizontinas, especialmente por uma área ao sul da cidade, onde havia uma fazenda que pertencia a um grupo de ingleses. Comprou-a e reformou a casa grande, vivendo lá por muitos anos.
Depois de sua morte e com o crescimento da cidade, seus herdeiros resolveram parcelar e vender parte dessas terras que, a essa altura, já eram conhecidas como Luxemburgo.”
(Wikipédia)
A partir de 1996, iniciou-se o processo de verticalização do bairro e com ele o agravamento do sufocamento do Rio Guaicuí e Córrego do Leilão, com o sufocamento do solo, a devastação das áreas verdes, a matança e o sumiço da fauna silvestre, a morte de nascentes, as enchentes impactantes, o excesso de veículos, a elevação da temperatura, o aumento da poluição sonora e do ar. Diante disso, o Luxemburgo atingiu seu esgotamento quanto a novas edificações, se quiser preservar a qualidade de vida pelo contato com o que restou de Natureza.
Apesar da expressiva substituição do que era verde por cimento e asfalto, quem adentra o bairro, logo sente o perfume e o frescor proporcionado por esse ambiente!
Antes de qualquer outra vantagem que possua, esse bairro sempre foi referência por ser uma das principais áreas verdes de Belo Horizonte, contribuindo para o título que a capital mineira um dia teve: “Cidade Jardim”. Isto representa um diferencial não só para nós humanos, mas em especial, para a frágil, ameaçada e rara biodiversidade urbana com suas nascentes, mata e fauna silvestre que encontram neste bairro, um de seus últimos refúgios.
O que dizer do canto da passarada e do escândalo das maritacas que alegremente encantam nossos fins de tarde, juntamente com o badalar dos sinos do Mosteiro São Bento?! Entre as ladeiras, ruas arborizadas e algumas irrigadas por nascentes são características desse lugar. O charmoso e aconchegante Parque “Tom Jobim” é um verdadeiro oásis no coração do Luxemburgo, espaço privilegiado onde crianças, jovens, adultos e idosos têm a oportunidade de estar em contato direto com a Natureza, aprendendo a respeitá-la. A densa mata nativa que ainda é mantida, abriga animais silvestres e proporciona qualidade de vida também a nós humanos, possibilitando o bem-viver.
É muito importante que cada morador engaje-se junto à AMALUX na mobilização constante pela preservação dessa maravilha que é a biodiversidade do Luxemburgo, denunciando e afastando as ameaças constantes a que ela é exposta! Venha ser um guardião desse patrimônio natural urbano!